Lorenzo Pazolini pode quebrar tabus rumo ao Senado ou Governo em 2026

Eventual disputa das eleições 2026 tem enormes desafios para o Prefeito reeleito de Vitória

Lorenzo Pazolini viveu uma trajetória meteórica na política desde 2018, alcançando grande destaque em curto período. Após uma sólida carreira como auditor de controle externo do Tribunal de Contas e delegado titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Pazolini entrou na política com força.

Em sua primeira eleição, em 2018, foi o segundo deputado estadual mais votado do Espírito Santo pelo PRP, com 43.293 votos. Dois anos depois, pelo Republicanos, conquistou a Prefeitura de Vitória. Na eleição de 2020, foi o mais votado no primeiro turno e derrotou João Coser (PT) no segundo turno. Em 2024, sua reeleição no primeiro turno com 56,22% dos votos reforçou seu capital político, impulsionando seu nome para disputas maiores, como o Governo do Estado ou o Senado.

Os desafios de Pazolini para 2026

Apesar do histórico eleitoral, Pazolini enfrenta o desafio de quebrar um tabu. Ex-prefeitos reeleitos de Vitória, como Luiz Paulo (1997-2004), João Coser (2005-2012) e Luciano Rezende (2013-2020), não conseguiram avançar para o Senado ou Governo. Luiz Paulo foi derrotado na disputa ao Governo em 2010, e João Coser perdeu a eleição para o Senado em 2014.

Para 2026, Pazolini também precisará enfrentar grupos políticos consolidados. O governador Casagrande e o vice Ricardo Ferraço contam com amplo apoio de prefeitos e bases sólidas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. O PT, liderado por Fabiano Contarato, Helder Salomão e Jack Rocha, e o PL, com nomes como Magno Malta e Gilvan da Federal, também são adversários de peso.

Além disso, para concorrer, Pazolini terá de deixar a Prefeitura em abril de 2026, o que representará uma decisão ousada.

Construindo alianças estratégicas

Para viabilizar sua candidatura, Pazolini precisará consolidar alianças importantes. O PP, do deputado federal Da Vitória e de sua vice Cris Samorini, é um dos pilares dessa articulação. Outro ponto-chave é o presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União Brasil), que disputará sua reeleição com influência potencial de Casagrande no processo. Além disso, o PSD, comandado pelo prefeito eleito de Colatina, Renzo Vasconcelos, também pode ser decisivo.

Erick Musso, presidente do Republicanos e cotado para assumir a Secretaria de Governo no segundo mandato de Pazolini, é um dos articuladores estratégicos. Musso tem laços estreitos com Roberto Carneiro, presidente do Republicanos em São Paulo, que conta com forte apoio de Marcos Pereira, líder nacional do partido e deputado federal.

Projeções para 2026

Nos bastidores, especula-se uma possível chapa envolvendo Pazolini, Paulo Hartung, e Sérgio Meneguelli ou Da Vitória. Hartung e Meneguelli poderiam se filiar ao PSD ou União Brasil, enquanto o PP indicaria um vice, caso Da Vitória opte por continuar na Câmara Federal em vez de concorrer ao Senado.

Os próximos passos de Lorenzo Pazolini serão cruciais para definir sua trajetória. Resta acompanhar como o prefeito de Vitória consolidará sua base e enfrentará os desafios rumo a 2026.